segunda-feira, 3 de maio de 2010

TRÊS DE MAIO

Hoje minha cidade natal está fazendo aniversário, são 55 anos.
Querida Três de Maio, ali passei minha infância brincando onde a terra é vermelha e nascem flores silvestres nos jardins e pelos caminhos e atalhos.
Na adolescência o colégio com os Festivais da Canção, na primavera, deixando as ruas e casas cheias de gente de fora.
Nos sábados os doces e cucas.
Na Páscoa os ovos com cascas coloridas e recheios de amendoim.
No Natal os biscoitos e bolos cheirosos.
No dia a dia as geléais, as natas, as frutas nos quintais.
Lugar distante de qualquer centro importante, mas que atraiu estrangeiros que foram ali morar e falar do evangelho.
O silêncio das ruas e do ar, as noites frias e estreladas.
Terra com trigo, soja, hortas, sonhos e paz como em nenhuma outra há igual.
Os professores, as amigas, os pastores, as vizinhas, as doceiras, os colonos e a Rádio Colonial ainda permanecem em minha memória.
Parti sem saber se voltaria.
Já passaram 27 anos, não sei como está.
Será que todos já partiram?

2 comentários:

  1. Com a sua pitoresca e saudosa descrição do lugar,,,,,deu até vontade de morar num lugar tão simpático.

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  2. Saudades daquela terra. Não nasci lá, mas, é como se eu tivesse minhas raízes ali. As lembranças desta fase da vida são as melhores que levamos conosco. A infância e a adolescência são tempos que curtimos e muitas vezes não aproveitamos bem, mas depois, acabamos naquela: "Eu era feliz e não sabia". Três Maio!!!!(suspiro) Talvez por estar longe dali é que vem a mente as melhores lembranças... Por estar morando há 32 anos em outro lugar, permitiu que houvesse uma comparação, daquela vida com essa; se não tivesse saído de lá, não teria parâmetros de comparação e não daria tanto valor àquilo que passei, de 1959 até 1978. Bons Tempos...

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